Por Thiago Ledur Hoeflich
Todo individuo faz diversas tarefas durante o seu dia, muitas delas consideramos automáticas, fazemos sem perceber, pois é repetida de forma periódica. Atrás desse processo de repetição acabamos achando a melhor forma de executar as tarefas em nossos mundos limitados, ignorando informações que podem deixar tudo mais fácil.
O que fazemos nada mais é do que criarmos processos, que internalizamos, considerando-os ideais, pois temos dificuldades, como seres humanos, de aceitar mudanças propostas por outros indivíduos, buscando uma melhora do processo como um todo, necessário uma quebra de paradigmas.
Com um Controle Estatístico de Processos é possível alcançar padrões mais elevados, com eficiência e eficácia, atingir maior retorno em diversas áreas e processos, para isso é necessário definir o processo, as características a serem controladas, análise de performance, planejamento, implementação, avaliação e monitoramento, aliado a filosofia de melhoria continua, conciliando teorias administrativas e estatísticas a fim do mesmo objetivo, a melhora do processo.
As principais aplicações do Controle Estatístico de Processono pelo estatístico se da através de: Gráficos de Controle, necessário para o monitoramento da produção ao longo do tempo; Análise da Capacidade de Processo, identificando se a produção atende as especificações; Análise da Confiabilidade de Medidores, examinar a exatidão dos instrumentos que mensuram as características da qualidade; e Técnicas de Amostragem de Aceitação, sendo a tomada de decisão com base nas amostras.
O Gráficos de Controle serve para mostrar a variação do indicador ao longo do tempo, com limites arbitrários, para identificar a variabilidade natural do processo. Modelos não normalizados não permitem respostas claras para os demais passos do Controle Estatístico de Processos.
A Análise de Capacidade de Processo o estatístico é a verificação da variabilidade do processo em relação as especificações previamente determinado do produto, instantânea ou ao longo do tempo, através de índices e ferramentas estatísticas para mensurar a variação, amplitude e performance. Porem o processo deve estar normalizado para se identificar variações que possam ter uma explicação no mundo real, ajustando o processo a fim de alcançar parâmetros Six Sigma, que por sua vez utiliza outras ferramentas como DMAIC que é um acrônimo para: Definir, Medir, Analisar, Melhorar e Controlar.
Análise da Confiabilidade de Medidores é a etapa destinada a verificar se os medidores estão medindo corretamente (calibrado) e são eficientes para os objetivos do projeto/produto.
Técnicas de Amostragem de Aceitação serve para identificar a qualidade dos insumos dos fornecedores, aceitando ou rejeitando lotes, utilizando tecnicas diferentes para avaliar diferentes insumos, como modelagem única, dupla, múltipla, sequencial, entre outras.
No cenário nacional percebe-se um controle estatístico somente em empresas multinacionais ou que fazem parte da cadeia de fornecimento para estas grandes corporações. Empresas de menor porte não perceberam a importância ou não possuem estrutura mínima para incorporar processos que impactam em todos os setores. O entendimento de muitos gestores é somente o corte de custos e despesas imediatas, levando a empresa ao declínio, culpando a conjuntura econômica do pais, não visualizando o cenário interno da empresa.
Com isso percebemos que dentro de um simples assunto, existe uma vasta área em que o estatístico pode atuar e explorar, buscando novas metodologias, ferramentas e índices que auxiliam na tomada de decisão, pois todas as empresas buscan o controle sobre seus insumos, em que o Estatístico é um dos profissionais que geram relatórios que informam a situação da produção para a tomada de decisão pelo Administrador.
MONTGOMERY, Douglas C. . Introduction to Statistical Quality Control. 7. ed. Wiley, 2009.